Época de construção
Séculos XIII / XVII / XVIII
Classificação
Monumento Nacional, Decreto de 16-06-1910, DG n.º 136, de 23 junho 1910
Localização
Descrição
O Castelo de Lindoso é um dos mais importantes monumentos militares portugueses, pela sua localização estratégica sobre o rio Lima e a sua posição fronteiriça com Espanha. Deverá resultar do investimento militar do reinado de D. Afonso III, como peça fundamental na defesa da fronteira.
Na Idade Média, estava integrado na Terra da Nóbrega e associava-se ao roqueiro Castelo da Nóbrega, cabeço de terra, localizado em Sampriz.
Como nunca assumiu funções residenciais, mas apenas militares, o castelo era ocupado ocasionalmente, sobretudo nos períodos de conflitos regionais ou nacionais.
Da fortificação medieval, realça-se a sua torre de menagem adossada à linha de muralha, localizada no lado oposto à porta principal e os balcões de matacães, estrategicamente montados nas esquinas e ângulos. O escudo de Afonso III em cima a porta principal do castelo, uma entrada de arco quebrado e virada ao povoado.
A carta de foral concedida em 1514 a Lindoso fomentou a fixação da população, atribuindo-lhes uma autonomia administrativa, fundamental na salvaguarda da fronteira e do território.
O castelo ainda foi alvo de profundas reformulações no século XVII, no âmbito das Guerras da Restauração, adaptando-se a uma guerra de artilharia. O castelo de Lindoso transformou-se numa praça forte de grande importância, sendo cenário de conflitos entre Portugal e Espanha. A defesa foi reforçada através da construção de uma muralha abaluartada, de planta genericamente poligonal do tipo Vauban, com os ângulos avançados e protegidos por canhões e guaritas. Procedeu-se igualmente à abertura de uma porta principal no sentido oposto à da fortificação medieval.
Uma escavação arqueológica no pátio interior pôs a descoberto vestígios de edificações, erguidas a partir do século XVIII. Casernas, um forno de pão, armazéns, um moinho e uma pequena capela serviam uma guarnição permanente. O castelo relacionava-se ainda com um sistema de baterias e trincheiras que controlavam o vale do Lima.
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