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Viajando por Portugal

Pelos caminhos de Portugal, vi tanta coisa linda, vi coisa sem igual.

Palácio Nacional da Pena 

José Torres
14.09.2025

Época de construção

Séculos XVI / XVIII / XIX

Classificação

Monumento Nacional, Decreto de 16-06-1910, DG, 1.ª série, n.º 136 de 23 junho 1910 / Incluído na Área Protegida de Sintra – Cascais (v. IPA.00022840)

Localização

Estrada da Pena, 2710-609 Sintra

Descrição

O Palácio Nacional da Pena é como uma joia sagrada que coroa a Serra de Sintra. O parque envolvente, em sintonia com o caráter feérico do palácio, desperta emoções de mistério e de descoberta. Nos seus recantos, os olhares perdem-se de encanto.

Os tons coloridos do palácio, expoente máximo do Romantismo em Portugal e obra eterna de D. Fernando II, Rei-Artista, abrem portas à imaginação de todos os que ali chegam, e os infinitos matizes de verde que pintam o parque circundante constituem um cenário idílico, frequentemente sob o véu do característico nevoeiro da serra de Sintra. Como que saído de um conto de fadas, este lugar faz sonhar todas as gerações dos que por ali passam e que com ele se deslumbram.

Mapa disponível aqui.

O que podemos ver no exterior?
  • Terraço das Cocheiras

O acesso ao recinto do Palácio da Pena faz-se através do portal com o arco em ferradura e azulejos, inspirado na Porta da Justiça do Alhambra de Granada, Espanha. D. Fernando construiu este palácio à maneira dos castelos românticos em moda na Alemanha, mas incluiu também referências aos Descobrimentos Portugueses, como também foi pioneiro em acentuar a herança mourisca na cultura ibérica.

Chegando ao Terraço das Cocheiras, o visitante avista de imediato a Cruz Alta que se ergue no ponto mais alto da Serra de Sintra, a 528 metros acima do nível médio da água do mar. Esta ala remete para a Índia, com as suas palas sobre as janelas (que se usam naquele país devido às chuvas das monções) e o miradouro de canto com cúpula bulbosa à maneira das fortalezas do norte da Índia. Aqui encontravam-se originalmente as cocheiras no piso térreo e quartos de criados no piso superior.

  • Porta Monumental

A Porta Monumental é um arco triunfal onde se podem observar elementos arquitetónicos portugueses do século XVI, o mesmo século da construção do mosteiro.

De cada lado existem guaritas semelhantes às da Torre de Belém e, na fachada, pontas de diamante em imitação da Casa dos Bicos. A abertura de entrada está decorada com esferas de pedra à maneira do Cunhal das Bolas no Bairro Alto, cujo arco assenta em representações de serpentes entrelaçadas.

Logo atrás desta Porta Monumental atravessa-se a ponte levadiça que dá acesso ao túnel que conduz aos pátios superiores.

  • Terraço do Trintão

Este terraço marca a entrada para o chamado Palácio Novo.

O Tritão é um monstro mitológico meio homem, meio peixe. Tal como o monstro, o pórtico onde se insere está dividido entre os mundos aquático e terrestre. O mundo aquático encontra-se no piso inferior: o arco neogótico é decorado com corais que suportam três conchas, numa das quais se senta o Tritão. Em cima passamos para o mundo terrestre, como se vê pela árvore que nasce da cabeça do Tritão, enquadrada por videiras que revestem toda a janela saliente que o monstro parece suportar.

Este monstro remete possivelmente para uma personagem da Epopeia dos Descobrimentos, os Lusíadas de Luís de Camões, que o descreve no Canto VI:

“Era mancebo grande, negro e feio, (…)

Os cabelos da barba e os que descem

Da cabeça nos ombros, todos eram

Uns limos prenhes d’água, e bem parecem

Que nunca brando pente conheceram”

  • Pátio dos Arcos

Através dos arcos que dão nome a este pátio pode-se observar uma vasta paisagem sobre o Oceano Atlântico e sobre a Serra de Sintra.

Deste ponto avista-se também o Parque da Pena, criado por D. Fernando, que transformou a paisagem agreste da serra num parque romântico à maneira germânica, com árvores trazidas de todo o mundo.

Destaque para a exuberante janela por cima do Túnel do Tritão, uma versão simplificada da famosa janela manuelina do Convento de Cristo, em Tomar, com a qual D. Fernando deu início ao neomanuelino, o estilo revivalista por excelência em Portugal.

No exterior, abaixo dos arcos, pode ver o antigo Caminho dos Peregrinos, que os fiéis percorriam desde Sintra para assistir à missa na igreja do mosteiro da Pena.

  • Capela

A capela do Palácio da Pena resultou da adaptação da antiga igreja monástica de Nossa Senhora da Pena.

Até à extinção das ordens religiosas, esta igreja estava aberta aos fiéis (que chegavam ao mosteiro da Pena através do Caminho dos Peregrinos), embora não tivesse função paroquial.

O retábulo do altar-mor da antiga igreja, em alabastro e calcário da região de Sintra, foi executado entre 1529 e 1532, pelo escultor de origem francesa Nicolau de Chanterene, e resultou de uma encomenda de D. João III, filho de D. Manuel I, o edificador do convento.

Destaque para o vitral de D. Fernando II, na parede oposta ao altar-mor, que data de 1840, pouco tempo depois do início da construção do Palácio, e foi executado na famosa oficina de vitrais de Nuremberga da família Kellner. O vitral revela as intenções artísticas, mas também de legitimação política, subjacentes à construção do Palácio.

  • Caminho da Ronda

O Palácio da Pena foi concebido como um castelo de fantasia, em imitação dos castelos medievais, que tinham sempre um caminho da ronda, que circundava toda a construção e de onde se vigiava a envolvente.

O Caminho de Ronda do Palácio da Pena não tem qualquer propósito militar, a sua verdadeira função é, como de todo o palácio, de lazer. Daqui pode avistar-se o Castelo dos Mouros, a Quinta da Regaleira e o Palácio de Seteais, as praias de Sintra e da Ericeira e, para norte, o Convento de Mafra. Em dias muito límpidos pode-se avistar inclusivamente as Ilhas Berlengas.

  • Terraço da Rainha

Deste terraço tem-se uma vasta vista, desde o oceano, ao fundo, até Lisboa, a nascente. Mesmo em frente, a sul, ergue-se a Cruz Alta no ponto mais elevado da Serra de Sintra, a 528 metros acima do mar. Para a esquerda pode ver a estátua do Guerreiro, colocada cenograficamente sobre um penhasco do Parque da Pena. Representa um guerreiro medieval, que parece guardar o Palácio.

Carlos e D. Amélia apreciavam muito este terraço. Ainda hoje nos meses de Verão é estendido um toldo sobre a estrutura metálica original, o que permite desfrutar da paisagem no conforto da sombra, tal como no tempo da monarquia.

Ao fundo do Terraço vê-se um pequeno compartimento designado Gabinete Árabe. Aqui estava guardado um óculo que servia para observações a longa distância.

O que podemos ver no interior?

O percurso feito, e imposto por quem gere o Palácio da Pena, foi o seguinte:

  • Porta de acesso ao interior

O acesso dos visitantes aos interiores do Palácio da Pena faz-se pelo percurso reservado à Família Real até 1910, e que corresponde também à entrada dos monges para o mosteiro no período anterior a 1834. D. Fernando II remodelou esta entrada, criando uma escada dupla com lances paralelos, onde podemos encontrar um busto em bronze de Wilhelm Ludwig von Eschwege, responsável pela identificação e exploração de muitos recursos naturais em Portugal, incluindo a região de Sintra., e que conduzem ao pequeno claustro manuelino.

  • Claustro Manuelino

Este claustro, construído por volta de 1511, mostra bem a pequena dimensão da comunidade de monges que aqui habitou. Os reduzidos espaços conventuais contribuíram para o intimismo da residência de D. Fernando II, o que aliás correspondia aos ideais de privacidade e conforto do século XIX.

Apresenta galerias que se abrem para um pátio central quadrado através de arcos de volta inteira no piso inferior e de arcos de segmento no piso superior. As paredes envolventes do pátio encontram-se revestidas com diversos tipos de azulejos hispano-mouriscos de corda seca (socalcos que separam as superfícies de diversas cores) com motivos geométricos.

  • Sala de Jantar e Copa

D. Fernando II adaptou o antigo refeitório conventual, coberto com uma abóbada de nervuras manuelina do século XVI, a Sala de Jantar privada da família real.

Aqui destaca-se a mesa funcionalmente adaptável às diferentes necessidades do dia-a-dia, sendo redonda na sua forma mais reduzida, mas extensível até servir para cerca de 24 comensais.

A mesa encontra-se posta, exibindo um conjunto de pratos de um dos serviços de porcelana que se mantêm no palácio desde o período da monarquia, bem como os copos de cristal de diversas cores com coroa real. Nos fruteiros e centro de mesa encontram-se colocadas frutas e flores da época, dispostas segundo os mesmos arranjos utilizados na época da Família Real.

No armário louceiro da copa expõem-se dois serviços de D. Fernando II (séc. XIX), com monograma do rei: um da Vista Alegre, com faixa verde-água, e outro da Pickman, Sevilha, com faixa azul. Ao centro, o serviço de Limoges (Haviland), em porcelana branca, encomendado no reinado de D. Carlos I.

  • Quarto do Camarista

Quarto do Camarista do Rei D. Carlos. Camarista ou Moço de Câmara era uma função na corte exercida por um fidalgo encarregue de velar pela câmara (quarto) do rei – daí o Camarista ficar alojado próximo dos aposentos reias.

  • Gabinete do Rei D. Carlos

Antiga Sala do Capítulo do Mosteiro, adaptada por D. Fernando II a Sala do Café.

Ao contrário do seu avô D. Fernando, D. Carlos habitou o piso inferior do claustro manuelino, deixando os aposentos no piso superior para utilização da sua mulher, a rainha D. Amélia.

O Gabinete do Rei D. Carlos servia como local de trabalho e de estar, na década de 1890 bem como o seu filho, D. Manuel II, após 1908, e antecedia o quarto de dormir do rei.

Nas paredes observam-se pinturas sobre tecido da autoria de D. Carlos, que representam ninfas e faunos no Parque da Pena. As pinturas podem ter ficado inacabadas devido ao regicídio de 1908, quando o rei e o seu filho mais velho foram assassinados na Praça do Comércio em Lisboa.

  • Quarto de banho do quarto do Rei D. Carlos

O compartimento seguinte ao gabinete do rei D. Carlos foi adaptado pelo mesmo a casa de banho do rei, refletindo os avanços científicos no século XIX. Nesta altura descobriu-se a importância da higiene pessoal para a saúde. Este espaço também servia como quarto de vestir.

  • Quarto do Rei D. Carlos

Este quarto serviu de aposento à mãe da Condessa d’Edla. Posteriormente foi o quarto de dormir de D. Carlos.

A maioria das peças decorativas pertenciam ao monarca e encontravam-se no seu quarto e dormir no Palácio das Necessidades, em Lisboa. Ao fundo à direita encontra-se um W.C.

  • Cárcere

Até à extinção do mosteiro, este pequeno espaço funcionava como cárcere, onde eram confinados os monges sob castigo.

O rei D. Fernando II transformou-o em adega. No tempo do rei D. Carlos foram instalados as retretes com divisórias de madeira, que aqui se vêm.

  • Torre do Relógio

Desta porta, no ângulo entre o claustro e o coro dos monges no espaço da igreja, tinha-se acesso à torre sinistra do mosteiro, que D. Fernando transformou em Torre do Relógio, embora mantivesse os sinos.

No corredor, ao fundo vê-se o W.C. pertencente à Casa de Banho do Veador.

  • Piso Nobre

O piso superior do mosteiro manuelino estava dividido em 14 celas ligadas por um corredor interno.

D. Fernando mandou construir novos quartos abobados para os seus aposentos, que partilhou com a sua segunda mulher, a Condessa d’Edla.

Após 1890, este piso foi ocupado pela rainha D. Amélia até 1910.

  • Quarto do Veador

Quarto de Vestir da Condessa d’Edla nas décadas de 1860 a 1880.

Posteriormente, Quarto do Veador (secretário) da rainha D. Amélia, entre início da década de 1890 até 1910.

A pintura sobre estuque das paredes cria a ilusão de um revestimento em madeira natural, com pinhas, e ramos, também em estuque, na abóboda.

  • Quarto da Dama de Companhia

Este compartimento foi utilizado como Guarda-Roupa da Condessa d’Edla.

No período seguinte, foi destinado a Quarto da Dama de Companhia de D. Amélia. A rainha tinha diversas damas ao eu serviço em períodos alternados.

A abóbada apresenta motivos clássicos em estuque.

  • Quarto de D. Fernando II posteriormente Quarto da rainha D.ª Amélia

Este é o principal quarto de dormir do Palácio da Pena.

Inicialmente, D. Fernando II tinha previsto aposentos para si e para D. Maria II no Torreão no Palácio Novo. Mas a rainha morreu antes de aquela ala estar concluída. O rei viúvo acabou por permanecer no antigo convento, ocupando este quarto com vista para o Castelo dos Mouros.

Mais tarde, D. Fernando, sempre pouco convencional, quebrou um antigo hábito da alta sociedade e partilhou o quarto de dormir com a sua companheira futura condessa d’Edla, com quem só casaria em 1869.

A geração dos netos foi mais conservadora, optando por quartos separados: o rei D. Carlos deixou estes aposentos para D. Amélia e foi ocupar antigos quartos de criados no piso inferior do claustro.

A decoração em estuque pintado de padrão neomourisco de 1882 de Domingos Meira reflete o gosto fernandino pelo exotismo inspirado na herança islâmica da cultura portuguesa.

  • Quarto de Vestir do rei D. Fernando II posteriormente Casa de Banho da rainha D.ª Amélia

Quarto de Vestir do rei D. Fernando II nas décadas de 1850 a 1880.

Posteriormente, Casa de Banho da rainha D.ª Amélia, após instalação de água canalizada no Palácio da Pena em 1895. Nesse período foi aplicado o revestimento de madeira, azulejos e maquinismos sanitários ingleses.

  • Quarto de Vestir da rainha D.ª Amélia

Escritório de D. Fernando II nas décadas de 1860 a 1880.

A rainha D.ª Amélia adotou-o como Quarto de Vestir ou toilete. Nele permaneceram tanto a cómoda-toucador, como o grande guarda-fatos, como o espelho de 12 gavetas, que ali se encontravam nessa época. A decoração em estuque pintado, a simular diversos tipos de madeiras, segue a tendência da segunda metade do século XIX, em que na arte se procurava imitar o mundo natural.

  • Salão de Chá

Compartimento com porta geminada para o claustro, servia de antecâmara aos aposentos privados de D. Fernando e da Condessa d’Edla.

A rainha D.ª Amélia instalou aqui a sua Sala de Chá, localizada entre os seus aposentos privados e o Gabinete, onde recebia as visitas de pessoas que lhe eram próximas.

  • Gabinete da rainha D.ª Amélia

Nas décadas de 1860 a 1880 este compartimento foi Sala de Estar da Condessa d’Edla. Posteriormente, foi o Gabinete da Rainha D.ª Amélia.

Durante a monarquia as paredes encontravam-se revestidas de tecido. A pintura atual foi executada no período da 1ª República, em 1917, por Eugénio Cotrim, conforme assinatura junto à porta de entrada.

Do tempo da rainha conservam-se a secretária, onde D. Amélia escrevia a sua correspondência, e as estantes de pau-santo. Mais antigas são as colunas de madeira, o contador espanhol e as peças de porcelana de Meissen, que já se encontram aqui desde o tempo da Condessa d’Edla.

  • Sala do Telefone

Sala de Chá no tempo de D. Fernando II.

Durante o período de D. Carlos e D.ª Amélia funcionou como Sala do Telefone.

Observa-se a antiga central telefónica do Palácio, que se encontrava nas dependências do serviço.

  • Sala de Visitas

Esta sala apresenta a única pintura mural com figuração em todo o palácio. Alusiva à arquitetura islâmica (Andaluzia), foi comissionada por D. Fernando II ao mestre Paolo Pizzi em 1854.

A perspetiva cria a ilusão de um espaço mais amplo que os limites da sala. Nas cartelas sobre as janelas encontramos vistas do próprio palácio que, à data, ainda se encontrava em construção. O conjunto de mobiliário antigo português encontra-se neste mesmo espaço desde a época da construção do palácio.

A decoração original desta sala e o ambiente idealizado pelo rei D. Fernando II no século XIX foram recentemente recuperados. Destaque para a reconstituição dos têxteis em veludo azul.

  • Sala Verde

Esta foi a primeira sala a receber decoração mural no Palácio da Pena, a pintura a claro-escuro verde, que se mantém até hoje. Tinha a função de antecâmara da Sala de Visitas.

Os quatro bustos representam: D. Pedro V; Luísa d’Orleães, rainha da Bélgica; Carlos Alberto, rei da Sardenha; e Alegoria ao Invern

  • Primeira Sala de Passagem

Antigos aposentos do Prior do Mosteiro, adaptadas a Salas de Passagem entre Palácios Velho e Novo.

Aqui apresentam-se alguns dos interesses artísticos de D. Fernando: o mobiliário antigo português com torcidos e temidos; os pintores contemporâneos que patrocinava e a pintura sobre cerâmica que praticava.

  • Segunda Sala de Passagem

Esta segunda Sala de Passagem é o último compartimento do antigo mosteiro.

Aqui estão expostos objetos de Wenceslau Cifka, que, em alguns pratos retratou D. Fernando, e um baixo-relevo em mármore de Vitor Bastos, intitulado “Cholera-Morbus”.

Logo após esta sala, entra-se no Palácio Novo, iniciado na década de 1840.

  • Sala de Fumo

A Sala de Fumo é a primeira sala do Palácio Novo.

O teto é de inspiração islâmica e revela o gosto pela Arte Mourisca.

O lustre em vidro (séc. XIX), colocado na época de D. Fernando II, testemunha o gosto naturalista presente no palácio.

O mobiliário original foi encomendado por D. Fernando à Casa Barbosa e Costa de Lisboa, em 1866. As cadeiras e divãs de carvalho, estofados com chita, apresentam gavetas revestidas a zinco, que serviam de cinzeiros.

Esta sala foi também utilizada como Sala de Música.

  • Salão Nobre

O Salão Nobre é o maior compartimento do Palácio da Pena. Concebida como Sala do Bilhar, esta era a grande sala de convívio e lazer do palácio. Tanto a mesa do bilhar, retirada em 1940, como as mesas em frente aos sofás com alçado e espelho, conferiam à sala uma atmosfera de descontração. Sobre as prateleiras dos sofás pode ver a coleção de porcelana oriental – japonesa e chinesa – de D. Fernando.

O lustre de 72 velas e quatro candeeiros a petróleo, assim como os candelabros dos tocheiros, todos em latão com banho de ouro, revelam o gosto pelas formas em estilo gótico. Em três janelas do Salão o monarca colocou elementos da sua coleção de vitrais centro-europeus.

  • Escritório de D. Manuel II

Inicialmente projetados como aposentos de D.ª Maria II e de D. Fernando II, os quartos neste torreão acabara por ficar destinados a hóspedes depois da morte da rainha (1853).

Mais tarde, este compartimento foi utilizado como Escritório de D. Manuel II, último rei de Portugal.

  • Quarto de D. Manuel II

O Quarto de Dormir do rei D. Manuel II encontrava-se junto ao seu escritório.

D. Manuel já habitava estes aposentos enquanto infante, ficando o seu irmão, o Príncipe Real D. Luís Filipe, alojado no piso superior.

A forma oval do compartimento adaptava-se à curvatura da parede exterior.

  • Sala D. Fernando II

Este compartimento serviu até 1910 como quarto de dormir de Franz Kerausch, o perceptor austríaco de D. Manuel II. Evoca hoje o bisavô deste rei, D. Fernando II, com uma seleção de objetos ilustrativos dos seus interesses enquanto colecionador e artista amador.

  • Sala dos Últimos Habitantes

Consagrado na atual museografia aos últimos monarcas que habitaram o palácio, este pequeno compartimento desempenhou originalmente as funções de guarda-roupa do quarto principal de cama, estando à época da monarquia mobilado com armários.

Destaque para o centro de mesa em prata oferecido por um grupo de senhoras parisienses à então princesa D. Amélia por ocasião do seu casamento com D. Carlos, em 1886. Representa uma nau (símbolo da cidade de Paris) suportada por duas sereias alusivas aos rios Sena e Marne.

  • Sala dos Veados

A Sala dos Veados, destinada a banquetes, era comum nos castelos românticos germânicos e evocava uma das atividades exclusivas da nobreza: a caça. A caça explica a utilização desta sala como local de banquetes e encontra referência nas cabeças de veados aqui expostas, feitas em estuque mas com hastes verdadeiras.

  • Cozinha

Esta era a maior cozinha do Palácio da Pena.

Ao fundo observam-se três chaminés destinadas a três fogões de lenha, de que restam dois originais.

Ao fundo, à direita, encontra-se o forno.

Dos inúmeros objetos de cobre – tachos, panelas, frigideiras, peixeiras, chocolateiras –, destaca-se o conjunto de formas na vitrina, com as iniciais P.P. (Palácio da Pena) e o monograma de D. Fernando. Apresentam as mais variadas formas, desde fôrmas de pudins, que lembram castelos fantásticos, a fôrmas de patés com forma de leitão ou de aves, consoante o tipo de paté.

Para mais informações clica aqui e aqui ou lê so códigos QR ao laSala dos Veadosdo.

  • Elétrico de Sintra

    A linha ferroviária liga a serra ao mar através do percurso de Sintra até à Praia das Maçãs ao longo de quase 11 quilómetros entre a Vila Alda, na Estefânia, e a Praia das Maçãs.

  • Praia das Maçãs

    A Praia das Maçãs é onde a Serra de Sintra beija o mar. Local que também inspirou o livro Viagem a Portugal de José Saramago, Prémio Nobel da Literatura, que escreveu “Todos os caminhos Vão dar a Sintra”.

  • Palácio Nacional da Pena 

    O Palácio Nacional da Pena é como uma joia sagrada que coroa a Serra de Sintra. O parque envolvente, em sintonia com o caráter feérico do palácio, desperta emoções de mistério e de descoberta. Nos seus recantos, os olhares perdem-se de encanto.

  • Palácio de Monserrate

    Quando Francis Cook, um rico industrial inglês do século XIX e grande colecionador de arte, visitou o local, ficou fascinado. Dessa paixão nasceu uma obra-prima do Romantismo: o Parque e Palácio de Monserrate.

  • Parque de Monserrate

    O jardim romântico exuberante e o palácio, construídos por Francis Cook, um milionário inglês, são testemunhos ímpares do espírito eclético de oitocentos.

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